QUANDO TUDO O QUE QUERIA ERAS TU...
Fugi. Corri, corri e corri dali para fora.. Vieram atrás de mim mas já nada me preocupava amor. Ia ter contigo. Sabia que estavas à minha espera. Prometeste-mo lembras-te? Ainda me lembrava onde vives. Gravei-te em todos os movimentos, todos os gemidos, todas as dores, todo o prazer. Sabia bem onde era a nossa floresta encantada.
Ia por uma estrada fria, vazia e obscura. Pensava em ti, no jantar à minha espera porque sabia que sabias que ia ter contigo naquele dia. Já não te via há algum tempo, mas não precisávamos de nos ver amor, estávamos juntos sem o estarmos.
Escondia-me atrás de uns caixotes quando passava um carro com sirenes. Eles não sabiam onde ia, não te conheciam como eu te conheço amor. Eles não sabiam sequer de ti. Fizeste bem em não me ires ver... Mas naquele dia amor... naquele dia!...
Tinha entrado numa zona habitada. Passava por umas lojas e vi de relance uma televisão onde a minha fotografia aparecia. Continuavam à minha procura. Eu que nunca tinha feito mal a ninguém! Tu sabes isso não sabes amor?
Estava cada vez mais perto de ti. Já quase que sentia o teu calor, quase que sentia o teu abraço, quase que te ouvia dizer o meu nome.
tinha chegado. Eles estavam à minha espera. Sabiam de ti amor. Sempre souberam. Levaram-me outra vez. Desta vez fecharam-me muito tempo, não sei dizer quanto, num quarto onde não sabia se era noite ou dia.
Penso em ti amor. Em ti, em nós, nos teu gemidos, no teu rosto, na nossa floresta. Tu és a fada e eu o duende que te adoro.
Amanhã vou fugir de novo.
segunda-feira, outubro 27, 2003
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