Muralhas e um cigarro
Quando venho para casa à noite gosto de escrever.
Vou ao frigorífico, tiro a minha garrafa de Muralhas, encho um copo e vou para a varanda. Sento-me numa arca velha onde a minha mãe guarda o vestido de casamento e os lençóis da noite de núpcias e abro a janela. Fumo um cigarro, olho para o céu e vejo os aviões a levantarem vôo da Portela.
Então fico um pouco em paz. Entrego-me aos meus pensamentos. Quero que a vida corra. Tenho pressa que os meus sonhos se concretizem e parece que todos os minutos de cada dia me empatam. Molho mais uma vez os lábios e as ideias tornam-se mais claras. Aumenta a frustração, mas isso já não importa. Há qualquer coisa que me desprende a visão entre um copo de vinho verde e um cigarro.
Clareiam-se as ideias e então escrevo.
sexta-feira, julho 25, 2003
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